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Arquitetos: M - ARQUITECTOS
- Área: 154 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Adrià Goula
Descrição enviada pela equipe de projeto. A requalificação da “Poça da Dona Beija” é uma importante intervenção com objectivo de melhoria das condições de segurança e da exploração recursos naturais existentes no local.
A crescente procura por este espaço, tanto por residentes, como por visitantes, vem consolidando este espaço como um dos locais mais visitados na ilha de São Miguel. O notório desgaste dos materiais existentes, causado pela sua grande afluência, originou a substituição do todo o pavimento do percurso de acesso às piscinas por um réguado de madeira de criptoméria da região.
Parece-nos, de um modo geral, que a utilização de materiais endógenos dos Açores, poderá estabelecer uma melhor simbiose entre a exploração dos recursos naturais e a intervenção humana.
Por exigências programáticas foram demolidas duas construções, a antiga bilheteira e um volume de apoio temporário, que se encontravam implantadas junto à entrada principal do recinto. Em sua substituição, foi desenhado um único edifício que vem optimizar os espaços de serviço e toda a entrada no recinto, com uma linguagem arquitetônica que estabelece uma relação de maior equilíbrio com a envolvente.
O novo edifício, com base numa diretriz paralela ao muro periférico existente a sul, é composto por uma cobertura apenas de uma água e revestido integralmente com reguado de madeira de criptoméria.
Relativamente à organização do espaço interior, foram criadas a portaria/bilheteira com um posto de trabalho, uma instalação sanitária para os funcionários, um compartimento para arrumos e uma área de exposição/loja.
De modo a evitar a ocupação do domínio público hídrico, a implantação do edifício proposto resulta da distância mínima de 7 metros recomendada à margem da ribeira.
A intervenção propõe ainda a construção de mais um núcleo de piscinas, composta por um tanque e um lava-pés, no sentido de aumentar a capacidade da área balnear do recinto.
Estas novas piscinas localizadas na margem norte da ribeira foram construídas com base as estruturas já existentes e o seu acesso é assegurado por um passadiço em estrutura metálica e revestido com reguado de madeira de criptoméria.
Por fim, foi implementada uma rede de iluminação inserida de um de forma cuidada, que vê resultar numa melhor sinalização dos percursos pedonais e numa melhoria dos aspetos paisagísticos do lugar, através de uma iluminação indireta e devidamente cuidada de modo a não adulterar a ambiência envolvente.